sábado, janeiro 16, 2010

A menina e o vulcão

Era uma vez uma menina que não se importava com nada, fazia birras, causava confusões de todas as proporções e metia a família em mil enrascadas.
Com o passar dos anos, essa menina foi crescendo, continuando com suas burrices e teimas, começava e ter que resolver tudo sozinha sem poder contar com ninguém, foi então que começou a ver tudo diferente, as suas birras transformaram-se em lágrimas, suas brigas em tapas e seus berros em tristezas escondidas.
Quando a menina então pode entender o que estava havendo já tinha se passado uns meses que ela se encontrava dentro de um quarto no cantinho, escondida das pessoas e até mesmo da luz.
Então um alguém começou a gritar em sua cabeça avisando-a que aquilo era errado, que ela deveria sair e se divertir, porém, a menina desatenta não seguiu as orientações como deveria e novamente cometeu tudo errado.
Por fim, a menina caiu em si, viu que tudo que ela havia feito de sua vida estava errado, que tudo que havia visto com uns olhos era somente ilusão.
Então cansada, se sentindo culpa de ser quem ela era, partiu. Caminhou durante dias sobre um sombrio lugar onde não havia nada além de folhas secas e paisagens acinzentadas, quando tudo o que a acompanhava era as suas lágrimas, ou que nem mesmo elas pois, havia ficado para trás.
Foi neste exato momento em que a pequena menina começou a se questionar sobre a sua vida e o seu propósito de existência que chegou a conclusão de que a sua vida não tinha cor, que todos os erros eram acinzentados e feios, tortos como borrões. Ela estava desamparada e deprimida, quando avistou um enorme vulcão, decidiu ir em busca de uma salvação para sua dor longa e culposa e terminar assim com sua vida, se é que comparamos erros com viver.

Quando aquele figura estava prestes a se lançar corpo a dentro da lava fervente, o 'senhor VULCÃO' a interrompeu :
-Pequenina da pele branca o que estavas a fazer?! Não sabes que a minha lava é fervente e que morreras em uma fração de segundos se pular em mim??

E ela lhe respondeu:
-Oh! O 'senhor' fala!!! Se me permite interrompê-lo, eu quero que saibas que não me importo, minha vida para nada serve, somente estou viva a cometer erros atrás de erros e minha ausência de nada seria notada.

Então o 'senhor vulcão' voltou a responde-la e a expelir lava tornando seu tom ainda mais alto e "ordenado":
-Como ousa a dizer uma insanidade dessas, não estais nem na terça parte de sua vida, não notas que tens uma enorme disposição, que tem pernas e braços intactos? Que podes se locomover para toda parte deste enorme planeta? Não sejas tola, minha meninina de olhos verdejantes.

- 'Senhor' não me faças voltar,não me obrigue a viver uma vida de erros. Se te consolas estou a procura por ajuda mais não encontro, por isso estou aqui desistindo de minha existência.

Vendo que o semblante da menina era desolador, o grandioso vulcão se aquietou.
-Minha cara, poderia ter me dito antes, não precisavas de todo esse escarcéu, posso lhe ajudar. Se tudo o que desejas é ter um sentido para esquecer de seus erros e de toda aquela sua vida passada, eu lhe darei a minha mais preciosa porção de lava fervente.


Assim, o 'senhor vulcão' expeliu um pequeno frasco de diamante.
-Beba!- continuou ele a ordenado.

- O que acontecerá comigo 'senhor vulcão'?Morrerei?!Mesmo assim, se me ordenas a beber, beberei!

Ela abriu o pequeno frasco de diamante e o encostou nos lábios.
(Continua . . .)

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