terça-feira, novembro 16, 2010

Um pesadelo real!

Na noite seguinte foi como se nós dois houvéssemos passado dois dias sem respirar: enchemos os pulmões um com o outro, e dissemos coisas idiotas um para o outro. Em termos gerais, agimos como se fôssemos Romeu e Julieta, com o mundo inteiro contra nós. A propósito, estou falando de Alicia e eu. Não de mamãe e eu. Conversamos como se minha mãe houvesse me levado para passar um ano em Londres, enquanto na realidade ela tinha me levado para passar uma noite comendo pizza e vendo um filme.
Sabem aquela coisa que eu estava dizendo antes...que contar uma história é mais difícil do que parece, porque a gente não sabe onde colocar o quê? Pois há uma parte da história que deve ficar aqui, e é algo que mais ninguém sabe, nem Alicia. A parte mais importante dessa história ...o ponto central da história...só aconteceu um pouco mais adiante. quando aconteceu na vida real, eu agi como se estivesse chocado, espantado e perturbado. Decididamente, eu estava chocado e perturbado, mas com toda a honestidade não podia dizer que estava espantado. Aconteceu naquela noite, eu sei. Nunca falei com Alicia, mas foi culpa minha. Obviamente a maior parte da culpa foi minha, mas ela também precisa assumir uma parte pequena. A gente estava de sacanagem sem proteção, porque ela disse que queria me sentir direito, e... Ah, não consigo falar sobre essas paradas. Já estou com a cara vermelha. Mas algo aconteceu. Meio-aconteceu. Quer dizer, decididamente não aconteceu direito, porque eu ainda consegui recuar, colocar uma camisinha, e fingir que tudo estava normal. Mas percebi que não estava normal, porque quando o troço que deve acontecer finalmente aconteceu, não foi direito, porque já tinha acontecido pela metade antes. E essa é a última vez que vou, vocês sabem, assim tão fundo!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Adicionar ao iGoogle ou Google Reader