As aulas seguiam,os olhares entre os três ficavam cada vez mais frequentes.Todos estavam com um certo receio do que estava por vir.
Quando o sol começou a alcançar seu ponto mais alto, os três se reuniram na casa de Caroline.
Até então, somente Raquelle e Carolino haviam ouvido a voz em seus ouvidos. Foi quando começaram os ventos dentro do apartamento de Carol.
-De onde está vindo isso?
-Tem janela aberta?
-Não, está tudo fechado, o dia está lindo não tem como mudar tão derepente.
Passos começaram a serem ouvidos pelo corredor, e antes que pudessem saber de onde vinham, a voz tornou o medo real e Casimiro podia ser visto no batente da porta da cozinha, que dava para a sala.
- Céus meu. Todos reuniram-se para minha visita?
-Como entrou aqui? - quis saber a voz trêmula de Raquelle.
-Não sou de bater em portas, afinal, sinto-me sempre em casa.
Desta vez, ele tirara o chapéu, e Carol reparara que seus olhos eram claros e com traços bem femininos.Embora suas vestes fossem de homem e seu corpo não aparecesse ser volumoso e com curvas, mas uma vez ficara em dúvida sobre se era ou não uma mulher.
Felipe, por um momento, pegara na mão de Carol, sem saber ao certo se aquele era o fim de seus amigos transpareceu seu medo e com os olhos nos de Casimiro dispôs-se a tomar a frente daquela situação.
- Creio não haverá sofrimento, estou aqui apenas para passar mensagens, não pretendo-lhes causar medo ou dor, apenas conseguir o que quero.
- E o que quer?
-Não quero, preciso e, vocês saberão aproveitar muito bem isso.
-Não me respondeu ainda.
Com um gesto, pediu para Felipe aguardar e sem mover os lábiose nem sair de onde estava sussurou no ouvido de Carol:
-Caroline, venha até mim...
Caroline se levantou e caminhou até ele, que olhou em seus olhos e não disse absolutamente nada. Ela se virou, seus olhos agora possuiam uma cor diferente e com muita sutileza retornou a seu lugar.
Ambos sabiam que algo havia ocorrido, Felipe encostou em Caroline e sentiu seu corpo quente, como se ardece de febre.Assustada com a aparência da amiga, Raquelle correu em direção a Casimiro e tentou agredi-lo.Embora soubesse que seria em vão, Raquelle tentou por muitas vezes encontar nele. Em um momento ele a olhou e ela sentiu um fogo queimar seus olhos.
-Oras, tu de nada me serviras com essa agressividade, olhes para a doce Caroline e siga seu exemplo, quem sabes assim poderas ter o poder que ela possui.
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