segunda-feira, julho 11, 2011

O Caso de Caroline

O sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura. Para a ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos) e sonham, mas não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas, o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência.
 Isso era o que Caroline lera em um dicionário. Apesar de achar que suas amigas estavam erradas em acreditar que seus sonhos tinham toques místicos.
Caroline, era por assim dizer uma médium, uma vidente acidental. Seus sonhos tinham o poder de mudar o destino das pessoas, não que ela acreditasse em tal façanha, mas era o que os outros diziam sobre o assunto.
Essas visões futuras já se tornara comuns em sua vida, mas sempre em sonhos.
Havia um padrão em suas previsões, era sempre depois das 3h da manhã, às vezes quando fazia calor ela conseguia ter visões todas as noites, por causa da janela que ficara aberta.
Porém, Carol, não sabia disso, nunca havia reparado no modo como a luz do luar batia em sua cama, como as estrelas se destacavam e como a brisa da noite envolvia sua consciência.
Era dia 15 de Abril de 2010, ela estava em uma balada, seus amigos pediam baldes de chopp noite adentro. Apesar de saber que não podia beber, sempre arriscava uns goles.
Quando chegou a hora de ir para casa, Carol, foi com as amigas em um táxi que a deixou na porta de casa.
Ela subiu, tirou a roupa e dormiu, estava bêbada demais para pensar em banho. Às 3h28min, ela estava em sua rua, um homem estav parado em um poste lançando uma moeda para o alto sem parar, seu chapéu cobria seu rosto, e suas roupas eram finas o que indicava que era um poderoso. Ela não fazia noção de como havia ido para lá, assustada correu para seu prédio mas, o homem chegara primeiro na entrada.
-Ora! Pensas em fugir de mim? Sinto-lhe informar que fracassaste.
-Quem é você?
-Ora essa, quem pensas que és para vir a mim com esta vulgaridade?
- Senhor, quem és?
-Digo-lhes, mas pagaras um preço. A partir de agora receberás minhas mensagens em pleno dia, e o que quiseres terás.
-Não sei que me interessa seu 'presente'.
-Não poderás recusar, Casimiro eis de sempre me chamar.
Carol, acordou com a voz de Casimiro ecoando em sua cabeça. Já passava das 8h, correu tomou banho, comeu e saiu atrasada para a faculdade.
Quando chegou, Raquelle e Felipe, olharam assustados como se ela fosse uma morta-viva.
Felipe explicou que na noite passada, um homem saltara na frente do carro e que por sorte conseguira desviar. Raquelle dissera que o homem só chamava por ela, que ele ficara a repetir : Carol, onde está Carol?
Um frio percorreu sua espinha, a voz de seu sonho retornou a sua mente e ela por um instante ouviu o sussuro de Casimiro em su ouvido:
- Agora crê em mim, Carol!
Ela deu um salto da cadeira, Felipe e Raquelle também pularam.
-O que foi? - disse Felipe
-Você ouviu, Felipe? - perguntara Raquelle
-Vocês ouviram, ou foi só eu?- disse Carol
-Eu ouvi, como um sussuro, Caroline.Quem é esse homem?- Raquelle
-É o da noite passada, do meu sonho, ele não pode ser real.
-É o cara que pulou na frente carro? - Quis saber Felipe
-Talvez seje o mesmo, ele devia achar que a Carol estava conosco.
-Gente, para com isso, conheço a ficar com medo.- Carol.

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